quinta-feira, 30 de julho de 2009

Che Guevara


Che Guevara
Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, 14 de junho de 1928La Higuera, 9 de outubro de 1967) foi um dos mais famosos revolucionários comunistas da história. Foi considerado pela revista norte-americana Time Magazine uma das cem personalidades mais importantes do século XX.
Em 1953, Guevara atuou como repórter fotográfico cobrindo os Jogos Pan-Americanos do México, por uma agência de notícias argentina. Ainda em julho de 1953, inicia sua segunda viagem pela América Latina. Nessa oportunidade visita Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, El Salvador e Guatemala.
Foi por causa da
visão de tanta miséria e impotência e das lutas e sofrimentos que presenciou em suas viagens que o jovem médico Ernesto Guevara concluiu que a única maneira de acabar com todas as desigualdades sociais era promovendo mudanças na política administrativa mundial.
Em sua passagem pela Guatemala, onde chegou em dezembro de 1953, Che presencia a luta do recém-eleito
presidente Jacob Arbenz Guzmán, liderando um governo de cunho popular, na tentativa de realizar reformas de base, eliminar o latifúndio, diminuir as desigualdades sociais e um dos principais objetivos, garantir a mulher no mercado de trabalho.

Che em 1958

O governo americano se opunha a Arbenz e, através da
CIA, coordenou várias ações, incluindo o apoio a grupos paramilitares, contra o governo eleito da Guatemala, por não se alinhar à sua política para a América Latina.
As experiências na Guatemala são importantes na construção de sua consciência política. Lá Che Guevara auto define-se um revolucionário e posiciona-se contra o
imperialismo americano.
Nesse meio tempo, Che conhece Hilda Gadea, com quem se casa e de cuja união nasce sua primeira filha, Hildita.
Em
1954, no México através de Ñico López, um amigo das lutas na Guatemala, ele conhece Raúl Castro que logo o apresentaria a seu irmão mais velho, Fidel Castro. Esse organiza e lidera o movimento guerrilheiro 26 de Julho, ou M26, em referência ao assalto ao Quartel Moncada, onde em 26 de julho de 1953, Fidel Castro liderou uma ação militar na qual tentava tomar a principal prisão de presos políticos em Santiago. Guevara faz parte dos 72 homens que partem para Cuba em 1956 com Fidel Castro e dos quais só 12 sobreviveriam. É durante esse ataque que Che, após ser duramente espancado pelos rebeldes, larga a maleta médica por uma caixa de munição de um companheiro abatido, um momento que tempos depois ele iria definir como o marco divisor na sua transição de doutor a revolucionário.Em seguida eles se instalam nas montanhas da Sierra Maestra de onde iniciam a luta contra o presidente cubano Fulgencio Batista, que era apoiado pelos Estados Unidos.Os rebeldes lentamente se fortalecem, aumentando seu armamento e angariando apoio e o recrutamento de muitos camponeses, intelectuais e trabalhadores urbanos. Guevara toma a responsabilidade de médico revolucionário, mas, em pouco tempo, foi se tornando naturalmente líder e seguido pelos rebeldes.Após a vitória dos revolucionários em 1959, Batista exila-se em São Domingos e instaura-se um novo regime em Cuba, de orientação socialista. Mas teria sido a hostilidade dos Estados Unidos que levou ao seu alinhamento com a URSS. (“Eu tinha a maior vontade de entender-me com os Estados Unidos. Até fui lá, falei, expliquei nossos objetivos. (...) Mas os bombardeios, por aviões americanos, de nossas fazendas açucareiras, das nossas cidades; as ameaças de invasão por tropas mercenárias e a ameaça de sanções econômicas constituem agressões à nossa soberania nacional, ao nosso povo”.)
Governo Cubano
Che Guevara em MoscouGuevara, então braço direito de Fidel, torna-se um dos principais dirigentes do novo estado cubano: Embaixador, Presidente do Banco Nacional, Ministro da Indústria.Che esteve oficialmente no Brasil em agosto de 1961, quando foi condecorado pelo então presidente, Jânio Quadros, com a Grã Cruz da ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.[3] A outorga dessa condecoração foi o desfecho de uma articulação diplomática, iniciada pelo Núncio apostólico no Brasil, monsenhor Armando Lombardi, seguindo às instruções da Santa Sé, solicitando a ajuda do governo do Brasil para fazer cessar a perseguição movida contra a Igreja Católica em Cuba. Jânio Quadros solicitou a mediação de Che junto a Fidel. Guevara atendeu ao pedido de Jânio e concordou em ser o intermediário do apelo do Vaticano junto ao governo cubano. [4] Meses antes alertara Fidel da existência da "operação Magusto" [5], a invasão da Baía dos Porcos tentada por 1.297 anticastristas exilados, oriundos da ditadura de Fulgêncio Batista. A "operação Magusto" foi uma operação militar planejada pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), autorizada pelo presidente John Kennedy, que ocorreu em 17 de abril de 1961 e foi derrotada três dias depois. Em 1° de maio (ou 16 de abril, segundo outras fontes) Fidel Castro declarou que Cuba se tornaria um país socialista, e buscou apoio militar de Moscou para se defender das tentativas de invasões americanas e de ameaças representadas por planos dos militares norte-americanos, do tipo da "Operação Mongoose", autorizada em 4 de novembro de 1961 por Kennedy[6], ou da "Operação Northwoods" de 1962. [7] [8] [9] Em 1° de dezembro de 1961 Fidel Castro declarou que a revolução cubana se tornara marxista-leninista. [10].
Em 8 de agosto de 1961 Che
discursou numa reunião da OEA em Punta del Este. Em 1964 Ernesto Che Guevara representou oficialmente Cuba nas Nações Unidas, tendo pronunciado um discurso por ocasião da sua 19ª Assembléia Geral, em 11 de dezembro de 1964 [11]. Participou do Seminário Econômico de Solidariedade Afro-asiática entre 22 e 27 de fevereiro de 1965 em Alger, quando criticou publicamente, pela primeira vez, a política externa da União Soviética . Nesse mesmo ano, Guevara, deixa Cuba para propagar os ideais da revolução cubana pelo mundo com ajuda de voluntários de vários países latino americanos, contra os conselhos dos soviéticos mas com o apoio de Fidel Castro. Em 4 de outubro de 1965 Fidel Castro anunciou que Ernesto Che Guevara deixara a ilha para lutar contra o imperialismo.

Retorno à guerrilha e morte.